Participo de muitas conversas sobre tendências para educação corporativa. Acho interessante observar como algumas novidades nada mais são do que obviedades da vida prática.
Um dos grandes problemas da aprendizagem nas empresas, ao meu ver, mora na marginalização da educação. Como se aprender estivesse a parte da vida prática.
Esta separação se repete na escolha de canais. Não raro, empresas constroem projetos complexos sem levar em consideração uma pergunta muito simples: como as pessoas tem aprendido e consumido conteúdo no momento?
Se sairmos do nosso microcosmos do T&D, podemos observar um fenômeno não tão novo assim nas redes e plataformas sociais: a figura do produtor de conteúdo.
Já faz tempo que a informação tem saído do prisma de grandes fontes para uma pulverização em que cada vez mais influencers e autoridades transformam-se em uma grande mídia.
Canais de YouTube, cursos on-line, close friends, grupo no Telegram ou Whatsapp, podcast. Estes estão entre os canais preferidos de produtores de conteúdo, os educadores da nova era, atingindo milhões de pessoas, em um alcance capaz de deixar conglomerados de mídia com inveja.
Agora vem a pergunta: se há uma nítida descentralização em curso na vida, por que seria diferente dentro das empresas?
Penso que, cada vez mais, faz sentido pensar no empoderamento dos próprios colaboradores como produtores de conteúdo, ao mesmo tempo que são também aprendizes.
Abrir espaço, dar plataforma, voz e asas tem a premissa de aumentar as possibilidades de aprendizagem, bem como o alcance e o engajamento. Saímos do modelo emissor/receptor e partimos para uma lógica de rede.
Programas de multiplicadores, embaixadores, produtores, ou o nome que for mais apropriado, são o caminho para levar a mesma lógica da vida prática para a aprendizagem corporativa.
Temos praticado e os resultados são ótimos. Você já teve experiências neste caminho? Acha que vale a pena?
Vamos trocar mais ideias sobre isso! Meu canal está aberto para conversar: @guilhermekrauss.